Por Rodrigo Maldonado
Nota: 09.0/10.0
Eu sou um velho turrão, conhecido na cena por amar Metal Extremo, e por geralmente ser averso aos outros subgêneros do estilo. Ainda assim, atendendo aos insistentes pedidos dos meus parças da MS Metal, pude conferir de perto este "Asgard", primeiro álbum da banda RAMPAGE. Sim, tal trabalho foge da minha alçada, mas vamos lá para o que eu achei...
É latente que estamos diante de um grupo que ama o True Metal, e que tem no Manowar a sua principal fonte de inspiração. Isso fica evidente nas letras, construções musicais e, na própria atuação dos músicos. Confesso que o último CD que ouvi dos americanos foi o "Kings of Metal", e parei pra escutar na época que foi lançado, então, já da pra notar que meu vocabulário não está tão atualizado assim. Porém, acredite se quiser, gostei bastante do que ouvi aqui.
O vocalista Junior Hachid me conquistou, porque não é um cara afetado. Na real, ele sabe usar muito bem o seu dom, de uma forma que não tenha me deixado com vontade de desligar o meu spotify. "Asgard" é relativamente longo, e se o trabalho de Junior não funcionasse, acredito que todo o resto estaria perdido. Não foi o caso, obviamente. As músicas “Sigurd (Black Circle)” (a melhor do material), "Berserker" e "The Hammer of the Glory" foram as que mais me chamaram a atenção, por também demonstrar uma banda coesa, redondinha, e que sabe muito bem como atuar, de forma a agradar o seu público alvo.
Não posso afirmar que o RAMPAGE vai me fazer sair do lado negro da força, mas para um álbum que eu não esperava muita coisa, eles me entregaram uma chama de esperança. Sim, esperança! Afinal de contas, pra eu voltar pro Heavy Metal Tradicional teria que ser novamente doutrinado. Quem sabe, estes caras conseguem tal feito?! Parabéns ao pessoal da MS pelo tratamento com as suas bandas, em particular o RAMPAGE, que nos foi muito bem recomendada. Longa vida e muita prosperidade...