- Lucas, obrigado pelo seu tempo para esta entrevista à
Brazil Legion. Já começo agradecendo, por me desafiar enquanto fã de Metal,
pois o “Peer” é algo até difícil de se traduzir em palavras...
R: Muito obrigado pelo espaço e pelo elogio!
- Conte-nos um pouco mais sobre a produção do material. Quem
foi o produtor? Como se deu o processo? A banda teve voz ativa nas decisões?
R: “Peer” foi um single que foi inteiramente gravado no Palg
Studio, com nosso produtor Gerson Lima, em Indaiatuba, nossa cidade natal. O
Gerson assumiu também a gravação e a produção do nosso EP de estreia, lançado
em 2023, “Morphing”.
Em “Peer”, o Gerson realizou as gravações no estúdio dele e
a produção e a mixagem, ficou a cargo do Maurício Cajueiro. O Maurício é um
produtor de Campinas que já trabalhou com grandes nomes da música nacional e
internacional como: Zélia Duncan, Ivan Lins, Steve Vai, Glenn Hughes e diversos
outros, então foi um aprendizado muito grande poder trabalhar diretamente com
eles, e claro, tivemos voz ativa durante todo o processo.
- Outro fator interessante é que vocês mesclam ao som de
vocês, influências Alternative Rock. Vocês fizeram algum tipo de pesquisa, para
poder inserir tais elementos de maneira tão natural?
R: Não, não existe uma pesquisa propriamente dita, é algo
que sempre caminhou com a gente, desde o início da banda. Desde que tocávamos
apenas covers, nós sempre tivemos bandas como: Red Hot Chili Peppers, Pixies,
Nirvana, Pearl Jam, entre outras em nossos setlists, então foi bem tranquilo
mesclar isso em nossas músicas autorais.
- Vou me abster de classificar a banda como este ou aquele
segmento, dentro do Metal. Então, passa a palavra para você! Como a banda se
classifica em termos de gênero?
R: Como você bem disse, somos uma banda de rock alternativo,
embora nós não sejamos muito adeptos de rótulos.
O rock alternativo abrange muitas bandas que não possuem um
som que dialogue entre si, então abre margem pra muita coisa, mas, para
facilitar, nosso som mescla influências da lírica, do peso e da crueza do
grunge dos anos 90, com licks e solos oriundos do rock clássico dos anos 60 e
70.
Basicamente, nós pegamos bandas como: Nirvana, Alice In
Chains, Soundgarden, Pearl Jam, Led Zeppelin, The Rolling Stones, Cream, Kiss
etc e misturamos todos os elementos dessas influências pra criar nossas
músicas. É nesse caminho: grunge com rock clássico/blues rock.
- Eu adorei a produção, muito peso e tudo inteligível. Como
você nos descrevia este processo até chegar no produto final que encontramos em
“Peer”?
R: É um processo bem interessante, na Radicitus nós gostamos
de compor por partes, então alguém traz um riff, uma melodia, uma letra, que
seja, e nós vamos juntando com ideias que temos e aos poucos, as músicas vão saindo.
Nada é descartado na banda, tudo iremos aproveitar em algum
momento e com “Peer”, foi um processo assim. Nós nos inspiramos muito na música
oriental, especialmente na árabe e na indiana, então a concepção da música,
começou nessa absorção de influências do oriente. Aos poucos, fomos
acrescentando nossas influências no som e conseguimos criar a música.
- O material já vem sendo distribuído em outros mercados?
Tive contato com a versão digital, através do pessoal da MS Metal, e acredito
que ele mereça chegar na Europa...
R: Vem sim! Nós conseguimos atingir diversos países mundo
afora não apenas com nosso novo single, mas também com nosso EP. Nossas músicas
já chegaram em países como: Estados Unidos, Canadá, Argentina e alguns locais
da Europa.
- Outro ponto importante é que vocês optaram pelo inglês,
para inserir as letras nas composições. Fugiram do português? Podem nos explica
isso?
R: Sim, optamos pelo inglês justamente pela facilidade que
temos com o idioma e também, visando espalhar nossa música para locais que não
tenham barreira idiomática. A ideia do inglês foi justamente para atingir mais
pessoas e mais locais, locais que o português não chega ou não é muito
consumido em termos de música.
- Suponho que “Peer” já esteja sendo promovido ao vivo, como
tem sido os shows em suporte ao single?
R: Tem sido muito bons! Finalizamos nossa turnê de promoção
do nosso EP de estreia em outubro de 2024 e pudemos tocar em diversas cidades
que nunca havíamos tocado antes. No meio dessa loucura dos shows, começamos o
processo de gravação e lançamos “Peer” no final de novembro, então juntou muita
coisa de uma vez, mas correu tudo bem.
- Quais os planos futuros da RADICITUS? Suponho que agora
que vocês contam com uma grande gravadora por aqui, um novo álbum esteja nos
planos, confere?
R: Nós estamos finalizando a mixagem do nosso próximo single
que irá sair no começo de 2025 e garantimos que vai surpreender muita gente!
Estamos bem animados para que as pessoas escutem essa nova música e temos muito
material novo já encaminhado e uma agenda de shows se formando. Tem muita coisa
chegando!
- Lucas, mais uma vez, muito obrigado por todos os
esclarecimentos. Se algo ficou pendente, por favor...
R: Eu que agradeço o espaço pessoal, foi um prazer!