- Obrigado pelo seu tempo, Matheus! Fiquei impressionado com a qualidade apresentada em “Utopia”, primeiro álbum da QUANTUM NOCTEM...
Matheus: Agradeço a oportunidade e fico mais grato ainda pelo elogio e apreciação.
- A base do projeto foi construída contigo, não é mesmo? Como foi arquitetar algo tão complexo desde o início?
Matheus: Isso mesmo! Eu costumo me aventurar e compor algumas linhas de batera e aproveito para contribuir com algumas ideias rítmicas dentro das harmonias e melodias propostas. Então, podemos dizer que uma boa parte da base foi construída comigo. Na verdade, a Complexidade veio naturalmente ao juntarmos as linhas de batera, baixo e guitarra. Nosso método de composição é pouco utilizado (e até meio rejeitado) e isso faz com que o processo seja muito dinâmico, natural e totalmente orgânico. Ou seja, não arquitetamos nada. Fomos construindo e ao mesmo tempo lapidando os pilares durante o processo de gravação.
- Você também assinou a produção do material. Como foi assumir tamanha responsabilidade?
Matheus: Ter a incumbência de imprimir a qualidade sonora de uma banda e fixar uma identidade é uma responsabilidade enorme. Fazendo parte da banda, gravando linhas de baixo e gutural só aumenta ainda mais essa responsabilidade porque a cobrança pessoal acaba sendo ainda maior. Não é fácil, nunca é. Já tenho vários pontos anotados que servirão de melhoria para o próximo trabalho, mas mesmo em meio a toda essa pressão e cobrança é muito satisfatório ver um resultado tão bacana. Só posso agradecer aos meus amigos pela confiança depositada em mim.
- Tive contato com a versão digital de “Utopia”, mas por qual razão a versão física ainda não saiu?
Matheus: Embora a gente entenda o quão legal é ter um trabalho físico, literalmente a materialização de tudo o que foi construído, preferimos apostar na distribuição mais prática adotada nos tempos atuais. Não eliminamos a ideia, mas no momento ainda é preferível a versão digital. Talvez venha aí uma versão remasterizada em formato físico... vamos ver.
- A arte da capa é belíssima, como vocês chegaram até o João Duarte e por qual razão escolheram-no para assinar este trabalho?
Matheus: João Duarte foi uma indicação da nossa parceira MS. Conversamos e rapidamente ele entendeu a proposta do disco. O resultado, vocês já viram... kkkkk
- A banda já está excursionando? Como tem sido a receptividade dos fãs ao trabalho de vocês?
Matheus: Infelizmente ainda não. Estamos ajustando alguns fatores e compromissos individuais para alinharmos o set list ideal para começarmos os trabalhos à todo vapor.
- Eu classificaria a QUANTUM NOCTEM como uma banda de Prog/Metal, mas alguns já chamaram vocês de Djent, aqui na redação. Como a banda se enxerga dentro do cenário?
Matheus: É engraçado quando lemos sobre a classificação que o pessoal nos tem atribuído sendo que nem a gente se enxerga assim. Na verdade se eu fosse atribuir uma classificação diríamos que somos mais uma banda experimental não atrelada a rótulos específicos e endurecidos. Em nossas músicas temos influências do heavy, power, trash, death... Tudo isso junto a definições rítmicas e dobras bem executadas realmente trazem e impressão de um som prog ou djent. O nosso modo de composição é bem livre e direto. Então as ideias vêm, a gente testa, encaixa e já grava. O resto é consequência.
- A faixa título é belíssima, qual a mensagem escondida por trás das suas letras?
Matheus: A faixa título seria a representação de descoberta do personagem principal da nossa história. Nesse momento ele descobre que vive em um mundo paralelo criado apenas para que ele possa cometer seus erros e acertos sem a interferência divina. A escolha pelo formato eletroacústico é justamente pra trazer esse ar de tristeza e descoberta em meio ao caos de riffs e bases pesadas que vem das músicas anteriores e posteriores a ela.
- A banda já está produzindo novas músicas? Quais são os planos futuros?
Matheus: Sim. Várias linhas já estão prontas e sendo revisadas. Como plano principal, queremos dar início as excursões, shows e eventos e focar nos novos lançamentos.
- Mais uma vez, obrigado Matheus pela entrevista aos fãs da Brazil Legion. Se faltou algo a ser dito, fique à vontade, por gentileza...
Matheus: Agradeço mais uma vez pela oportunidade. É sempre bom ver canais de informação como o de vocês cedendo espaço para que o underground seja visto e valorizado. Por último e não menos importante... “welcome to Utopia”.
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